Transformers: O Início Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 13 de jan.
- 2 min de leitura

★★★☆☆
"Transformers: O Início" é uma história de origem ambientada em Cybertron, lar dos Autobots e dos Decepticons. A história se concentra na relação entre Optimus Prime e Megatron.
Após anos de explosões e visual exuberante, a saga 'Transformers' dá um passo atrás com 'Transformers: O Início'. A nova animação busca um tom mais introspectivo, explorando as origens dos personagens icônicos. No entanto, ao tentar equilibrar a ação com a profundidade, o filme pode parecer um tanto genérico.
Ao invés de se prender a conflitos humanos, o filme nos leva de volta às origens da saga, aprofundando a história de Optimus Prime e Megatron e a guerra que os separou. Com um olhar mais juvenil, a trama se mostra mais eficaz ao abandonar as complexidades que marcaram os filmes anteriores, entregando uma aventura mais acessível e divertida para as novas gerações.
A animação nos revela um lado pouco explorado de Optimus Prime: um jovem sorridente, malandro e indisciplinado. Sua amizade com Megatron, que se tornaria seu maior inimigo, é retratada de forma mais leve e divertida, com o líder Autobot sempre pronto para uma boa brincadeira. Essa abordagem inovadora torna o filme uma experiência mais descontraída e agradável, contrastando com o tom mais sério das demais obras da franquia.
"Transformers: O Início" é uma jornada épica que, embora tenha um começo mais contemplativo, logo se transforma em uma aventura emocionante. O elenco de vozes, liderado por Chris Hemsworth em uma performance memorável, dá vida aos personagens de forma vibrante. A ausência de Peter Cullen é perceptível, mas Hemsworth encontra sua própria voz, evoluindo de um jovem idealista para o líder carismático que conhecemos. A química entre ele e Megatron, dublado por Brian Tyree Henry, é palpável, tornando a história ainda mais envolvente.
A animação, embora vibrante e repleta de personalidade, apresenta uma estética peculiar. Em alguns momentos, a frenética ação dificulta a distinção entre os objetos em colisão, um traço que, embora característico da franquia, pode causar certa confusão. Em um cenário onde animações em CGI buscam constantemente inovar, a combinação de iluminação natural e texturas realistas aqui parece deslocada, contrastando com os designs de personagens angulosos e estilizados. Essa mistura inusitada pode gerar um visual estranhamente desconexo.
Ao contrário da abordagem mais explosiva de Michael Bay, a direção de Josh Cooley, com sua experiência em filmes como 'Divertida Mente' e 'Toy Story 4', traz um olhar mais humano para os Transformers. A relação entre os personagens é mais desenvolvida, com momentos de comédia que aliviam a tensão. No entanto, a história de origem de Megatron parece um pouco apressada, e a expectativa por uma construção de personagem profunda em um filme da franquia Transformers pode ser um pouco exagerada.
Ao resgatar a essência da série animada original, "Transformers: O Início" prova que a franquia continua a encantar crianças e adultos. A nova animação, com uma história mais pessoal, demonstra a evolução da franquia sem perder o espírito de aventura que a caracteriza.
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