Memórias da Emília Resenha
- Vinicius Monteiro
- 12 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de mar.

★★★★☆
Emília, apesar de muito nova, é uma boneca de pano cheia de histórias para contar. Ou melhor, para contarem! O escalado para escrever as histórias mais empolgantes da vida da boneca é Visconde de Sabugosa, que, mesmo contrariado, usa nanquim e papel para registrar e organizar os pensamentos e as lembranças de Emília, para que, depois, ela possa levar todo o crédito. As memórias da Emília incluem a chegada de um anjinho no Sítio do Picapau Amarelo, as aventuras de Peter Pan e Capitão Gancho e até as confusões de Popeye!
'Memórias da Emília' do consagrado autor Monteiro Lobato, lançada pela primeira vez em 1936, trata de uma espécie de resumo de algumas aventuras encenadas pela turma do Sítio do Picapau Amarelo, com maior destaque para o caso do anjinho do céu.
Antes de falar sobre o livro, tenho um aviso importante. 'Memórias da Emília' foi escrito em uma época e dentro de um contexto diferente do que vivemos hoje. Há falas problemáticas sim na obra, e é importante ser contextualizada. Você não precisa fingir que o livro não existe, e muito menos alterá-lo, mas quando os seus filhos forem lê-lo, você terá que sentar para conversar antes e depois.
Um dos mais notórios escritores brasileiros apresenta sua criatividade e talento nas suas obras. O livro segue bem no seu começo com a história do Anjinho, mas quando Popeye, Peter Pan e a Europa entram na trama, a coisa fica um pouco louca demais, não curti muito essa mistura de personagens.
'Memórias da Emília' não só mostra o racismo da época, com suas falas problemáticas, mas quando a história está abordando a visita dos europeus para o sítio, temos outras visões histórica e da época também.
Eu gosto muito da turma do sítio, mas eu não consigo gostar da personagem Emília, ela é muito chata. O legal da personagem é que ela fala o que pensa e esse lado bocuda e de bater de frente faz dela um pouco excepcional.
A aventura louca de 'Memórias da Emília' pode deixar a criançada entretida com a história, mas eu achei a leitura um pouco chata, até mesmo para os pequenos. A obra vale a pena ser conferida, mas lembre-se de que será preciso contextualizar a obra para os seus filhos.
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